3.3.08

Em modo telegráfico

Sexta-feira, 22
A Vera e o Henry vão-me buscar.
Penso que o carro está a ir em contra-mão no primeiro cruzamento.
A paisagem podia ser portuguesa. Vejo as casas e percebo que não.
Confronto-me com os cumprimentos através de apertos de mão fora dum contexto profissional. É esquisito.

Sábado, 23
Aprendo a técnica de amolecer a manteiga, para a barrar os scones mais facilmente, encostando-a à caneca de chá/chocolate.
Chove persistentemente e caminhamos à chuva.
O comportamento peculiar do cão, vai buscar comida à cozinha e mastiga na sala.
O rapaz dos abraços.
A rapariga que está a servir-me a Guiness faz um trevo com a espuma.
Chá em frente à lareira enquanto ouvimos Zero 7.
O H. tem uma janela grande no tecto do quarto que dá para ver as estrelas, sortudo.


Domingo, 24 

As amigdalas estão a manifestar-se, peço chá, que leva uma eternidade a chegar.
O rapaz dos abraços, outra vez.

Segunda, 25
O J. faz porridge para eu provar.
Ponte Menai
Caernarfon, o castelo está fechado
Esqueço-me dos apertos de mão e levanto-me para dar dois beijos ao Andy, o amigo do Henry.
No Battles of Bands o som da última banda está tão alto que vamos embora por ser insuportável.


Terça, 26
O senhor trata o barco por she e questiono-me porque é que nas aulas nos dizem que "she" e "he" só se aplica a pessoas. 
A minha primeira nódoa negra inglesa.


Quarta, 27
Baptismo de Surf, com muffins de chocolate e mini-cenouras à Bugs Bunny.
Festa de anos do sobrinho da Vera. Piñata, gato, 8 monstrinhos cheios de energia à solta.
Escalada
Bar

Quinta, 28

Pequeno-almoço na cama.
A sopa de cogumelos do Pete's Eats.
A última dança para o senhor dos stiff knees.
No quarto da Vera conversamos até tarde.


Sexta, 29
Os saldos deles são os nossos preços normais.
O rapaz do bar diz-nos para ir à Irlanda se queremos cerveja preta.

O DJ espanhol chama-me para dançar e deixa-me com falta de ar e a ver tudo a andar à roda.
Durmo uma hora que parece uma noite inteira.

Sabado, 1
Aeroporto. Ainda não parti e já tenho saudades.